FIAR - composição cénica para série fotográfica de Alexandre Nobre, com textos de Dolores de Matos - Revista FOmE Vol. VII, Palmela
É visceral. Entranhou-se profundamente na antropologia desta terra. Estabelece, com o visitante, com o turista, com o passageiro, uma relação profunda que cruza identidades e sensibilidades, espanto e reconhecimento.

Acontece que esse espólio de encontros e desencontros e, na verdade, imaterial e indefinível. Fluído como o curso de água de Heráclito, escapa-se por entre o multiverso das ecologias de Palmela. E um cruzamento congestionado por onde circulam livre e diacronicamente pessoas, lugares, sabores, saberes, memórias, tradições, poemas, romances, arquiteturas, etnografias, valores condicionados apenas pelo fio condutor das artes performativas.
0 meio natural de Palmela, como o seu espaço urbano, são as paisagens sagradas do festival. Palcos para a valorização cultural, patrimonial e ambiental do município.
O FIAR vem de outro século, mas na sua génese está uma vontade indomável que é também intemporal: ao invés de levar as pessoas ao teatro, fazer com que o teatro chegue às pessoas. Porque se desenvolve na rua, é feito com o barro profícuo das gentes que nela transitam.

Lola (Dolores de Matos), em “Cosmologia e Permanência”, Palmela. 2016


Amarelo : Casa Hermenegildo Capelo - Música ( força motriz : Ar )
Azul : Lavadouro - Dança ( força motriz : Água )
Verde: Esplanada do Castelo - Teatro ( força motriz : Terra )
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